Um pouco da vida

Não faz muito tempo li um texto lindo e inspirador de Arnaldo Jabor e assisti (finalmente) ao filme “Amor sem Escalas”, é excelente, com os atores George Clooney, Vera Farmiga, Melanie Lynskey, Anna Kendrick, Danny McBride e direção de Jason Reitman, tudo muito interessante e com aspectos em comum. É sempre bom revisar nossos conceitos e falar de amor, de gente, da vida, das atitudes, de relacionamentos, dos rótulos, de sexo, de casamento, dos sentimentos nossos de cada dia, enfim, do coração.

Abre-se uma pequena janela e você é capaz de fazer análises da vida, dos fatos, das pessoas e, principalmente, de você. Não com o objetivo de compreender, de buscar uma resposta ou um significado para o que está a sua frente, mas sim, com a intenção de aceitar os outros. E, quando se trata de você, ter a opção de fazer diferente, porque nós somos capazes de mudar nosso próprio mundo. Mas por que estamos sempre querendo mudar os outros?  Ou estabelecendo padrões? Na vida, penso nos padrões básicos, como ter caráter e fazer o bem, acredito nessas atitudes como características irrefutáveis para ser um bom ser humano. No resto das questões, cada pessoa pode fazer sua própria escolha, não há um molde certo pré-estabelecido, existe sim, uma sociedade falha e injusta que tenta impor regras e máscaras. Até a própria questão do caráter e de fazer o bem pode ser negada, mas aí, perde-se a honestidade da vida.

Não é preciso o casamento para buscar a tão desejada felicidade. Oras, algumas pessoas não têm o perfil para a vida em comum, necessitam de um espaço apenas seu e não são menos felizes por isso. E, citar vida em comum não é sinônimo de vida em casal seja ele hetero ou homossexual. Muitas pessoas simplesmente não suportam a convivência (sob o mesmo teto) com outras, sejam essas outras pai, mãe ou amigos. E viver sozinho também pode ser muito bom. Um casal pode ou não ter filhos, não é uma obrigação do matrimônio, é apenas mais uma das escolhas que fazemos na vida, o único detalhe é que a escolha precisa ser dos dois. Não é preciso ter uma religião ou acreditar em um Deus. Quem disse que o ateu não é feliz, não é completo e não faz o bem? Conheço pessoas excelentes que não acreditam em Deus e são pessoas de grande sabedoria, afetivas e do bem. Aí, alguém falou que precisamos fazer sexo tantas vezes por semana, oras, cada pessoa tem seu tempo, e não é apenas no sexo, é para tudo. O tempo da perda, o tempo do perdão, o tempo de adaptação.

A sociedade também instituiu que devemos se magros, mas existe tanto gordinho feliz e magro vivendo com um vidrinho de lexotan na mão. Devemos optar pela saúde, mas quem não quiser optar, que descarte essa opção, não precisamos morrer todos velhinhos e saudáveis, há os que escolhem viver pouco e intensamente. E há também os que vivem intensamente uma vida inteira até o último suspiro, cheios de cabelos brancos e com muitas histórias para contar (ou não).

Felicidade é uma palavra que não deveria ter definição porque é tão diferente de pessoa para pessoa. No dicionário poderia estar apenas “qualidade ou estado de ser feliz”, pois êxito, sucesso, sorte, boa fortuna têm parâmetros tão diferentes de cidadão para cidadão. Sem definições específicas a vida seria mais leve.

por Fabiana Langaro Loos

Compartilhe!
Share on Facebook0Share on Google+0Pin on Pinterest0Tweet about this on TwitterShare on Tumblr0

0 thoughts on “Um pouco da vida

  1. Sempre pensei em um , digamos “lema”,,,Viva e deixe viver….Nao julgue,,,A questao é que a maioria absoluta(infelizmente) tende a criticar a apontar,
    nao sei, me parece uma fuga de seus próprios erros, defeitos….Em geral as pessoas julgam as outras pelo que elas mesmas pensam e fazem….No meu
    mundo acredito fielmente no bom carater, nao existe mais nada e nenhum
    confronto. Diante do meu pensamento que as pessoas julgam pelo que sao
    só tenho que admirar a Fabiana cada vez mais.
    Sucesso sempre o que nunca foi dificil pra ti.
    Ich Liebe Dich Freundin
    Mariah Concatto

  2. Um pouco da vida não precisa ser muito, apenas na medida de cada um.
    Para alguns é preciso muito, para outros o pouco basta! Na verdade, a maioria das pessoas não estão de bem consigo mesmas, precisa da mulêta alheia para se sentir mais forte, mais corajosas, (não é a toa que os bispos faturam seus trilhões. Certo eles). As pessoas hoje são o que são não por causa dos padrões, elas que se deixam levar pela mediocridade dos que ditam como devemos ser.
    Eu preciso ser, eu preciso ter, eu preciso ir, eu preciso fazer, eu preciso pq preciso, é a doença contemporânea globalizada!
    Cada um com a sua dose, vide bula!
    Lexotan nelas!!!

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *