Nesse domingo, 9 de maio, mais um dia das mães é comemorado. Depois do Natal, acredito que seja a data que o comércio mais realize vendas e ganhe dim-dim, afinal, todo mundo deseja presentear a mamãe querida. Oras, como se mãe não fosse mãe todos os dias do ano e para sempre, portanto, a qualquer dia, um carinho, um presente, uma palavra amiga, um beijo ou um abraço apertado são bem vindos. Tristemente, como todas as datas festivas do calendário, esse dia está virando mais uma celebração comercial. Além das oficialmente mães, também são mães as sogras, as madrastas, as avós, algumas tias, madrinhas e amigas. Alguns homens também exercem (e muito bem) esse papel de mãe. Na verdade, toda mulher carrega um lado mãe dentro de si, ao menos, em algum momento da vida, mesmo aquelas que não são mães de verdade. Para receber o título de mãe, não basta colocar o filho no mundo, apenas parir e pronto. É necessário amor e dedicação e, infelizmente, tem muita mãe por aí que não merece o título. Mãe deve estar presente, deve ensinar, deve acariciar e também repreender quando for preciso. Vejo inúmeras mães ausentes. Mãe que deixa filho torrando no sol, que tranca no carro e esquece, que trata mal, que não zela e assim por diante. Bem, esse tipo de mulher não deveria, de jeito algum, ser mãe. Afinal, ser mãe não é uma obrigação da mulher, nem uma consequencia do matrimônio, nem mesmo uma realização pessoal, pois nesse caso, torna-se egoísmo. Filho não é troféu, muito menos diploma de curso MBA. Filho não é uma bolsa ou um acessório que pode ser trocado a qualquer hora e largado em qualquer lugar. É muito importante pensar, depois não adianta reclamar. Mãe precisa ter paciência, tempo e disposição. Mãe precisa ter energia. Mãe está em constante aprendizado com o filho, acaba se atualizando com as gírias e modos da nova moçadinha. Mãe dorme sempre com uma orelha em pé, mesmo depois que seu filho já é homem feito. Mãe tem coração grande, mas sabe o momento certo de ser dura e dizer não. Mãe sempre tem uma palavra que conforta. Colo de mãe é bom demais. E a sensação desse colo, uma vez dada, filho não esquece jamais, mesmo quando sua mãe tomou a delicada forma de uma estrela que encanta e brilha no céu. Apesar de ser uma data comercial (essa artista plástica é totalmente contra essas datas fabricadas pelo calendário), vale dar um beijo e um presente para sua mãe, só não vai dar uma TV LCD, pensando, posteriormente, em ver os jogos da copa, aí não rola, nem cola. Mãe sabe das coisas.

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