Arte-educação

Nos dias 17 e 18 de abril de 2008, a Fundação Cultural de Balneário Camboriú realizou, no Hotel D´Sintra, o “III Seminário de Balneário Camboriú: Arte-educação em Perspectiva”, que contou com diversas palestrantes de Santa Catarina, entre mestres e doutoras com formação em arte-educação, muitas delas oriundas de Itajaí, as quais podemos destacar Ane Fernandes (artes visuais), Mônica Uriarte (música), Márcia D´Avilla (artes visuais), Silvana Rocha (artes visuais) e Valéria Maria de Oliveira (teatro). Ainda estavam presentes, Drª Sandra Ramalho e Fabíola Costa, de Florianópolis, a artista plástica Isabel Mir, de Indaial, Carla Carvalho, de Blumenau, Drª Nadja de Carvalho Llamas, Drª Sílvia Sell Duarte e Eliana Stamm, de Joinville e a presidente da Fundação Cultural de Balneário Camboriú, a arte-educadora e ceramista Olinda Schauffert.

O intuito do seminário foi discutir questões ligadas ao ensino da arte nas escolas das redes públicas e privadas de ensino, e ressaltar a importância da educação em arte, a fim de propiciar o desenvolvimento do pensamento artístico e da percepção estética, que caracterizam um modo próprio de ordenar e dar sentido à formação do aluno e, de uma forma mais abrangente, do ser humano. O seminário foi gratuito, teve uma intensa programação de dois dias, nos períodos matutino e vespertino, e contou com a participação de mais de 300 professores, vindos de diversas cidades de Santa Catarina, como Blumenau, Itajaí, Balneário Camboriú, Florianópolis, Timbó, Indaial, Joinville, Penha, Navegantes, entre outras.

As palestras foram de significativa importância para mostrar ao professor de artes a necessidade de sua presença nos aspectos culturais da cidade, participando ativamente de exposições de artes, concertos musicais, teatro, artesanato e saraus literários. Enfim, de nada adianta o professor ensinar arte em sala de aula e, na prática, estar ausente da programação cultural do local onde reside, ou seja, não vivenciar a arte. Segundo a arte-educadora e artista plástica Isabel Mir, “cabe ao educador perpetuar os dogmas da arte contemporânea, ou questioná-los, inovando na missão de entender, apreciar e fazer arte”. Toda linguagem artística é uma maneira particular e única do homem pensar e questionar sua presença no mundo, pois a arte ajuda a compreender nosso tempo em uma perspectiva sócio-cultural.

Em nosso país há uma grande diversidade cultural. É importante acreditar nas diferenças, na liberdade de expressão, na produtividade e na criatividade de nossos artistas. Mais importante ainda, é formar cidadãos com vontade de participar de atividades culturais e formar apreciadores da arte, conseqüentemente, seres com uma visão crítica do mundo. Cada um de nós ouve, observa e entende conforme sua bagagem, não é possível enxergar com os olhos dos outros. É preciso respeitar o contexto de cada indivíduo. A arte é uma área específica de conhecimento, da mesma forma que todas as outras disciplinas. Assim, arte é capaz de propiciar conhecimento, lazer, trabalho e idéias, oferecendo a todos uma melhor consciência do mundo.

Portanto, professor, aluno, cidadão, viva a arte, faça arte, integre-se à arte.

Por Fabiana Langaro Loos

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