Desabafo eleitoral

Domingo é o grande dia. Dia de eleição. Dia de colocarmos nossos votos e nossas esperanças nas urnas. O Brasil não vai nada bem, e se alguém pensa o contrário, desculpe-me, mas não deve viver no mesmo mundo que nós, pobres brasileiros.

Pagamos contas e mais contas, impostos, tentamos fazer nossa parte, mas nunca recebemos o retorno do dinheiro empregado. Falcatruas e corrupção imperam Brasil afora. Tudo que é do governo vem de forma precária. Estradas ruins, o baixo nível de saúde e de hospitais, educação de má qualidade e por aí vai. E ainda temos que agradecer quando recebemos essa pouca infra-estrutura, pois algumas cidades, nem isso têm. O valor da água, da luz, da gasolina aumenta e, com ele, o jeitinho do brasileiro de sobreviver.

Tudo bem que “cada povo tem o governo que merece”, sempre acreditei nesse ditado, afinal, somos nós que colocamos presidentes, senadores, governadores, deputados, vereadores e prefeitos em seus cargos. E todos eles são oriundos da própria sociedade, ou seja, do povo. Se não escolhermos bem, iremos receber um serviço de péssima qualidade e o desrespeito desses mesmos cidadãos, porém, já eleitos e transformados em políticos. Sim, “há exceções”, também acredito nessa frase, mas as exceções estão cada vez mais raras, pois como se fala por aí, “é tudo farinha do mesmo saco”. Então, fica bem difícil escolher em quem votar.

Anular o voto ou votar em branco? Pois é, seria uma solução de protesto a todo esse complexo sistema, mas para mim, é fazer de conta que você não faz parte disso tudo e se ausenta de sua obrigação. Na verdade, se não fosse uma obrigação, mas sim, um simples direito, acho que tudo seria mais sério e todos, tanto eleitores quanto candidatos, saberiam dizer melhor o que esse processo eleitoral realmente implica e significa a cada um de nós. Não seríamos apenas personagens (sim, personagens é a palavra que mais traduz essas duas figuras do processo eleitoral), de um lado, um personagem vai até a urna e vota, assim cumpre com a sua obrigação e lava as mãos. Do outro lado, o outro personagem que, quase sempre está mais preocupado com seu próprio umbigo e não com a nação, aguarda o voto e, vencendo, de lambuja, leva um bom salário e muitas mordomias, para não dizer um “vidão”.

Pois é, político é cheio de mordomias, algumas delas que sucedem de pai para filho, portanto, deve ser uma boa profissão. Mas, então, por que tanta gente de bem quer ficar fora dela? Por que tanta gente se recusa a entrar para o ramo? Se você parar para pensar nessa pergunta, é um disparate essa indagação. Então vamos pular para outra questão.

Você, nobre cidadão, faz todo o seu dever de casa, paga todas as suas contas, esforça-se no trabalho, batalha por um emprego melhor e uma boa remuneração, rala muito para dar uma boa educação a seus filhos, estuda as plataformas políticas dos candidatos e, enfim, faz sua escolha. Seu candidato é eleito, porém, fica um ano ou dois anos no governo, às vezes nem isso, e se manda para um outro cargo que recebeu devido a uma jogada política. Aí, querido leitor, você se decepciona profundamente vendo que seu voto foi em vão. E essa situação não é exceção, é bastante corriqueira e, infelizmente, é uma situação legal, mas é moral? Bem, moral e política são duas palavras que não compartilham da mesma base.

Enfim, para tudo ter harmonia um dia, se é que esse dia realmente chegará, é preciso educação. Essa sim é a palavra essencial a eleitores e candidatos. Somente a educação poderá fazer do Brasil um país melhor.

Boa eleição a todos!

por Fabiana Langaro Loos

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Ultimamente, é assim que me sinto quando vou às urnas. (crédito da foto: divulgação)

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