Mesmo não falando sobre as bandas do Sweden Rock Festival, é possível constatar que sua estrutura, organização e figuras participantes já seriam motivos para um grande show. Nesse ano, o festival foi aberto com cinco palcos, um principal, o Festival Stage, no qual rolava as bandas headlines, outros três menores, intitulados Rock Stage, Dio Stage e Sweden Stage e um palco menor, uma tenda acústica para os clássicos do rock, em sueco, Rockklassiker Tent.
No primeiro dia do festival, com o boleto previamente pago e impresso na internet, cada pessoa retirava seu ingresso para os quatro dias de festival, uma fitinha azul lacrada no pulso dava o aval para adentrar ao monstruoso cenário rock´n roll. Ingressos avulsos também eram vendidos, assim como o ingresso para três dias, já que o primeiro dia é quase como um presente para as primeiras pessoas que adquirem os seus. Fiscalização na entrada é usual, pode entrar com tudo, desde guarda-chuva a pulseiras com grandes pontas de metal, só não vale entrar com bebida.
A estrutura do festival é excelente. Inúmeras barracas com vendas de produtos específicos para a galera roqueira, bonés, pulseiras, camisetas, capas de chuva, canecos, cadeiras, malas, roupas infantis, chupetas, bottons, mochilas, gorros, luvas, moletons (ufa!) e muitos outros produtos nos quais é possível estampar a marca do festival ou das bandas de heavy metal preferidas do público ou outras tantas bandas nem tão conhecidas assim. Sem falar nas barracas de cds, contendo todas as vertentes do velho e bom rock´n roll, do hard, passando pelo heavy, clássico, thrash, até o death metal. Discos de bandas dos mais variados locais do mundo e o melhor de tudo, com preços bem convidativos. Impossível não encher a mochila com vários cds e discos de vinil com grandes achados. E até raridades.
O festival é cheio de banheiros químicos, que ficam espalhados pelos quatro cantos desse campo aberto, montado na cidade de Sölvesborg, na Suécia. Além deles há os banheiros comuns, todos gratuitos. Na entrada dos banheiros, torneiras de água corrente para encher as garrafinhas d’água. É importante hidratar. Porém, o que mais se vende por lá é a cerveja local, algumas mais leves outras com maior grau etílico. O pessoal bebe para valer, bebe até cair e se solta, faz tudo que não pode fazer na cidade, mas não há briga, nem confusão. As pessoas aparecem para curtir, extravasar, afinal, é início do verão europeu e lá, nessa época do ano, é muito comum esse tipo de festival, com grande movimentação de pessoas, pessoas de todas as idades. Desde pais com crianças, até tiozinhos, para não ir além. As crianças ficam soltas e se viram, todas com protetores de ouvido. Grande parte da população do festival fica no camping da redondeza, as outras pessoas, entretanto, hospedam-se em cidades próximas. Nas estradas há muita fiscalização policial em relação ao consumo de bebida. O slogan “se beber, não dirija”, vale por lá.
Além das bandas do festival, a atração fica por conta das figuras que aparecem em meio ao grande público e da beleza feminina. Ponto para os homens que são bem ousados. Vestem de tudo, porém, não é tudo que cai bem, meia fina, fio dental, calça de couro, blusa de oncinha, calça de lycra, jaqueta de zebra, muita maquiagem e cabeços longos, a grande maioria loiros e lisos. Por lá, muitos cabelos masculinos são de dar inveja a nós pobre mortais de poucas madeixas. Algumas mulheres também aparecem bem produzidas e com pouca roupa, muito shorts jeans e botinha, muita jaqueta de couro e as mais variadas camisetas de bandas são uniforme geral. Pulseiras, braceletes e cintos de couro também são acessórios fundamentais, todo bom cabeludo tem o seu, ou melhor, os seus.
O clima é variado, sol, chuva, vento, frio, calor, é um tal de coloca casaco, tira casaco, pega capa de chuva da mochila, coloca gorro e luva, tira tudo novamente e assim vai correndo o dia e o povo correndo junto de um palco para outro, para ouvir sua banda preferida. Mas sempre há espaço, é possível ficar bem perto do palco, na grade mesmo, sem chateação. Até dormir na grade tem gente que já conseguiu. Os seguranças são firmes, mas sempre educados, diferente de muito segurança brasileiro que pensa: “eu tenho o poder”. E quando o cansaço chega dá para deitar e rolar na grama ou se divertir com alguns jogos lúdicos e interativos.
Vale lembrar que o festival rola do meio-dia até umas duas horas da madruga. No intervalo, entre uma banda e outra (na verdade, nem há esse intervalo, cada um cria seu intervalo conforme o que lhe interessa ver e ouvir), é preciso alimentar o corpo, pois saco sem fundo não fica em pé. São muitas casinhas vendendo todo o tipo de comida, cachorro quente, massa, bolinho de carne, comida tailandesa, pizzas de todos os tipos, carne de porco assada com batata ou maionese, além de muito café expresso e capuccino quando aparece aquela necessidade irresistível de esquentar o corpo e, claro, logo depois, cerveja, cerveja e mais cerveja. É um festival de bandas ou de cerveja? Essas, os suecos bebem como água. E brindam. Cada esbarrão é motivo para um brinde, para um abraço, para uma comemoração e para um Wälkomen.
Que venha o Sweden Rock Festival 2011!
por Fabiana Langaro Loos
Artista plástica Fabiana Langaro Loos no Sweden Rock Festival, em Sölvesborg, na Suécia, em junho de 2010.
Excelente relato sobre o Sweden Rock Festival. Não mudaria uma vírgula.
É difícil imaginar como sobrevivemos a esta loucura por 4 dias consecutivos, mas foi uma experiência que recomendo a qualquer fã de rock!
E muito bem lembrada a dormidinha na grade … rsrsrs
Parabéns!!!
Beijos e nos vemos em Sampa!
Lia
Gostei Fabi….Show de Rock!
Dale Fabita , vou ser curta e direta EU AMO HEAVY METAL; AMO ROCK. Amei tua foto no festival.
Parabéns pela matéria!
ROCK FOREVER
Sucesso sempre guria ,que esta tua energia fantástica contagie a todos!
Mega beijo ……..Fabi lindona!
Da Amiga Mariah
Não acredito que vc foi num festival de Rock na europa…IRADO…minhas considerações!!!
Fui no Download Festival na Inglaterra em 2006 (http://www.downloadfestival.co.uk/home/), METALLICA, TOOL, GUNS n’ ROSES E PRODIGY foram os headlines( precisa ver as fotos e vídeos que tenho)…só quem já passou por essa experiência para saber o quanto vale a pena passar pelo “perrengue” que é um festival, em troca de alto e bom som e lembranças eternas…
Vamos pro SWU???
Seu fã, que esteve na sua festa sábado, 2/10…
bjs,
Dennis.