Um pouco de respiro, uma folga na rotina, um olhar diferente. Como faz bem.

Tantas coisas realizadas no automático. Usamos o mesmo corte de cabelo, pedimos a mesma bebida no bar, vamos aos mesmos lugares. Porém, a vida precisa de motivação. Por isso, quando realizamos uma viagem retornamos tão felizes e extasiados. Muitas vezes, o local nem era tão lindo ou a viagem nem deu tão certo, mas essa mudança de rotina é o que nos faz bem.

Nossa jornada diária é sempre tão árdua e corrida que nem pensamos sobre isso. Ou, se pensamos, logo regressamos ao itinerário habitual, sem dar tanta importância ao assunto, voltados à ideia de que não podemos ou não vale a pena mudar. Afinal, mudar também causa desconforto e traz transtornos.

O comodismo não deixa de ser algo fácil e prático, que não exige esforço extra, porém, o marasmo cansa, perturba, destrói a essência do ser humano, o anseio por novos caminhos, o jeito do improviso, a magnitude do novo, a emoção por desbravar novas emoções, transpor desafios e alcançar novos ideais e novas estradas.

O ser humano se apaga com a repetição monótona das mesmas coisas. Todos necessitam de novidades, alguns em maior, outros em menor nível. Ânimo e inspiração para a vida, mais amor e expectativa para o inesperado são essenciais à sobrevivência do homem, pois um pouco de frio no estômago também faz muito bem. E uma taça de vinho tinto, por favor, é pedir demais?

(Fabiana Langaro Loos)

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