Mötley Crüe no Credicard Hall

Sempre pensei que para ver Mötley Crüe teria que me jogar para terras estrangeiras, em algum show isolado na América do Norte ou em algum festival de verão europeu. Ainda bem que eu estava errada, pois na última terça-feira (17/05), a banda californiana de hard rock balançou as estruturas do Credicard Hall na capital paulista, com consagrados riffs de guitarra e baixo, boas batidas de bateria, vocais inconfundíveis, muito glamour, estilo e grande performance. Formada pelo baterista Tommy Lee, pelo baixista Nikki Six, pelo vocalista Vince Neil e pelo guitarrista Mick Mars, a banda já vendeu mais de 80 milhões de álbuns mundo afora e também é bastante conhecida por sua vida além dos palcos, com hilárias histórias de sexo, mulheres, drogas, bebidas e rock´n roll para contar. Foi minha estréia no Credicard Hall, a casa impressiona (ainda mais para uma mané sem teatro na cidade), tudo organizado e tranqüilo, a não ser pelo aperto em frente ao palco, óbvio que nenhum camarote ou pista comum seriam suficientes nesse dia, tentei ficar o mais próximo possível ao palco, dividindo espaço com outros fãs. Qualquer empurra-empurra tinha um bem comum, a banda, portanto, diversão completamente saudável (até rola mais adrenalina e emoção no show). Claro que minha vontade de “tira a camisá, levanta pro alto e começa a rodá” ficou para outra ocasião, questão de força maior, bem maior (se é que você me entende, caro leitor). Esperava ver na platéia mais meninos com maquiagem, laquê nos cabelos, calças justas e echarpes de onça, talvez o frio que envolveu a noite paulistana impossibilitou ousadas produções ou os oitentistas de outrora já são tiozinhos mais comportados e a gurizada de hoje não está nem aí para usar tanta parafernália extravagante, mas alguns modelitos e cabelos não decepcionaram. Na verdade, o importante era (e ainda é) a música e essa continua sendo da melhor qualidade.

por Fabiana Langaro Loos