Final de ano, lembranças, lamentações, glórias, agradecimentos. Gente nova que entra na vida da gente, nomes que vão para longe, porém, permanecem no coração. Gente que some, metas cumpridas, metas a cumprir, pendências, novas relações, fim de antigas relações. Brigas, amores, saudade, arrependimentos. Persistência, trabalho, diversão, perseverança. Lazer, viagens, festas, shows que a gente ama ver ao vivo e depois ouvir no sofá da sala, e ouvir mais vezes, de novo, só mais um pouquinho outra vez. Momentos, cheiros, mais lembranças, beleza. O belo pelos olhos e coração da gente. Café preto, chá de pêssego, pão de queijo, vodca com soda e muita água no outro dia. Conquistas, prazer, cansaço, sorrisos. Como diria o rei Roberto Carlos, “são tantas emoções”. Final de ano sempre bate um filmezinho na cabeça da gente, mesmo nos mais durões que dizem não pensar nessa retrospectiva bobagem. Inconscientemente, acontece. Os brutos também amam. E foi, e viu, e fez tudo outra vez, como no final do outro ano que já passou parece faz tanto tempo, com as mesmas bobagens, com novos atos, com rotina diferente, com outra roupa, em outra cama, na mesma cidade ou em um lugar distante, tão distante que a gente não encontra prontamente, talvez, somente nos sonhos. Sustentabilidade e natureza contra a construção civil. Eleições, vencedores, vencidos, guerreiros, povo. Luta, paz. Luta pela paz. Ensinamentos, sabedoria, educação como a chave mágica que ainda precisa encontrar o segredo. Talvez o pote atrás do arco íris, talvez o pote escondido em gabinetes. Talvez o pote dentro da gente. Superstições, dúvidas, inseguranças. Segurar a onda, a cara, o corpo, o rala-e-rola do dia a dia ou da noite que ninguém dormiu. Segurança até demais para dormir em paz com mil inquietações. Segurança para falar sim, segurança para responder não. Sinceridade para dizer não sei, contudo, entretanto, porém, todavia, talvez. Lealdade antes de fidelidade. Amor acima de qualquer sentimento. Controle cercado pela loucura ou seria melhor vice versa? Honestidade, privacidade, liberdade. O tempo que conta a idade. As histórias que ficam no tempo, o tempo contado por anos. Os anos contados em palavras. Palavras certas que a gente já sabe, mas precisa tanto ouvir novamente. Palavras erradas, porém, imprescindíveis para se encontrar o que é certo. Ao menos, o que a gente acredita ser certo. Verdades, mentiras. Hipocrisia, alienação, burrice, cegueira, ignorância, poder. Censura, ingenuidade. Arte, cultura, felicidade. Doçura, travessuras. Um tapa na bunda. Um beijo na bochecha, mais um beijo, agora na bochecha do outro lado. Um abraço apertado. Um minuto demorado. A pressa para chegar até o relógio e parar o tempo, sem necessidade de câmera para registrar o momento. Facilidades, perspicácia, palavras que mais parecem um texto inteiro. Para um bom entendedor, meia palavra basta, um suspiro tanto serve para baixar as cortinas como para começar tudo outra vez. A plateia muda. O tom é outro. Uma vírgula modifica a história. Um desenho ganha significados diferentes, um simples gesto, proporções amplas. Um sinal para dizer adeus para sempre ou… até breve. Que 2011 seja um ano surpreendente!
por Fabiana Langaro Loos
adorei !!!!
Sábias palavras, reflexões.
Que 2011 seja maravilhoso, todos os dias e noites!