Eu ainda tenho um mundo meu

Quando somos crianças, pequenos, cheios de amigos invisíveis, ideias impossíveis, sonhos mirabolantes e nega-maluca todas as tardes, temos um mundo só nosso e por mais absurdas que sejam as ideias e sonhos, nesse mundo nós podemos tudo, porque acreditamos nele. E aí a gente cresce, e chegam os problemas, as limitações, as escolhas, as (im)possibilidades, as divergências, os múltiplos caminhos. Escolhas são coisas de gente, e gente nem sempre é fácil. Quando somos crianças, as escolhas são exacerbadamente oriundas do coração, simples, como toda criança. Porém, quando crescemos, a situação fica mais difícil, porque gente grande é difícil e complicada. Ficamos encurralados entre coração e razão. Dependendo de cada tipo de gente, a corda é mais forte em um dos lados. Alguns são influenciados pelos calorosos batimentos cardíacos, outros, porém, optam fria e puramente pela razão. E, colocando-se a escolha na balança, no lugar dos pesos, razão e emoção, como a sua balança ficaria nivelada? Inúmeros pontos de interrogação e uma pitada de sorte, pois a gente sempre acredita ter feito a melhor escolha. E até consegue as melhores explicações e desculpas para acreditar que fizemos a melhor escolha, sempre. Tão bom acreditar, afinal, se a gente não acreditasse, que sentido teria a vida? É como voltar a ser criança!

por Fabiana Langaro Loos

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