No decorrer da vida, deparamo-nos com inúmeras possibilidades, incontáveis desafios, infinitas escolhas. Ficamos entre o não e o sim, pois o talvez não existe, não há equilíbrio sustentável para aquele que fica em cima do muro. Uma hora ou outra, é necessário mostrar seu lado, sua escolha, sua maneira de ver o mundo e de interagir com as pessoas.

Uma hora ou outra, é necessário mostrar, de forma direta, sua resposta sincera e sua personalidade àqueles que estão a sua volta. E não há coisa pior do que falta de personalidade, afinal, aquele que não cria, e apenas copia, está facilmente fadado a cair em um personagem caricato e pedante.

Falta de personalidade é algo que aborrece, que cansa a beleza de outrem. E, infelizmente, ainda há muita gente sem criatividade nesse mundão, pois copiar sempre é um caminho muito fácil. Todavia, não podemos esquecer, a cópia é apenas uma imagem com invólucro bonitinho e com conteúdo vazio, para não dizer, ordinário.

Uma cópia será sempre uma cópia. Viver a vida que não se tem é imperdoável, pois, no fim, deixa-se de viver. E, ao perceber isso (quando se percebe, pois algumas pessoas não são dotadas desse tal “desconfiômetro”), isso já é tarde. Para a felicidade plena, devemos ter nossos próprios sonhos, sem querer roubar uma vida que não é nossa. Claro que admiração e inspirações são sempre bem-vindas, mas cada realidade no seu ritmo, no seu trilho e no seu estilo, pois não se vive de ilusão.

Uma análise interior é sempre importante para entendermos quem somos e o que queremos, para dizermos sim ou não, para aceitarmos algo ou cortarmos o mal pela raiz. Cortar o mal pela raiz é deixar a leveza do dia a dia fervilhar. Nada melhor que uma vida leve e criativa, na qual a individualidade pessoal e social determina os padrões de pensar, sentir e agir. Originalidade é essencial para pessoas, produtos e situações.

por Fabiana Langaro Loos

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