A busca pelo novo. A busca pelo belo

A história faz sua trajetória. Gerações passam. Novas culturas, tribos e lugares surgem de forma acelerada. O mundo está constantemente se renovando e nós tentamos acompanhar tais transformações. Algumas pessoas lançam moda, outras seguem a tendência. A forma de ver modifica-se conforme o globo gira. Seres mutantes, músicas estranhas, mulheres magérrimas, seios gigantes. Cadê as cabeças pensantes?

Não é mais preciso ir para o sol para bronzear-se. Pessoas se conhecem e se casam via internet. Até o cachorrinho de estimação tem sua versão robotizada. A era é eletrônica. As fotografias em revistas aparecem após a revisão do photoshop. Tudo é muito rápido. Você pára um segundo e já está obsoleto. Adeus. Você está fora do mercado.

Há uma busca incessante por novidades. Números, cartões, senhas, um arsenal de dígitos para mostrar sua identidade. Não somos mais gente, somos um cartão com uma tarja digital. Quebre o cartão e você corre o risco de desaparecer. Cuidado! Cuidado para não perder sua essência. Você segue a tendência, e não é mais original. Mas, pensando bem, será que não foi sempre assim? A diferença está na modernização, na globalização, no contato imediato, na tela plana da tv. A diferença está na rapidez de como tudo acontece. Antigamente, esperavam-se meses para que a carta, postada no correio, chegasse ao seu destino final. Hoje, é só direcionar o mouse no ícone enviar, clicar e oops, já foi. Até mesmo aquele perfumado diário, com um pequeno cadeado em forma de coração não é mais o mesmo. Oras, “blogueie” sua vida, é a mais nova opção, poética ou não.

Ainda bem que ainda existe poesia no mundo. Ainda bem que o belo está além da informatização. Afinal, os nerds também têm coração. No meio de tanta coisa nova, o belo transforma-se, acompanha a nova geração. Corpos tatuados, piercings, cabelos coloridos, é a beleza atual. É o belo dinâmico. É o belo dependendo de quem o vê. Uma forma diferente de pintar sua própria história. Não importa, também é belo o clássico, o tradicional, o metódico, desde que seja você.

O belo é bem pessoal. O belo se espelha em uma forma diferente, inédita, um jeito único de ser. É belo não ter preconceito para achar seu próprio conceito do belo. É belo ter opinião. Não há padrão. Devemos entender que o novo belo depende do olhar de quem o procura. Mudam-se os olhares, mudam-se as definições. E lá vamos nós, continuando a correr atrás do que é novo. De preferência, com um pezinho fora do chão.

por Fabiana Langaro Loos

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3 thoughts on “A busca pelo novo. A busca pelo belo

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