O ano inicia com tragédia
(por Fabiana Langaro Loos)

O ano de 2015 mal começou e, infelizmente, já mostra um retrato doente da humanidade, no qual impera o radicalismo e a intolerância, deixando a paz mundial e a harmonia entre os povos em um sonho distante.

Em um mundo tão evoluído, tão cheio de tecnologias que poderiam aproximar as pessoas, parece acontecer o contrário e distanciá-las, distribuindo-as em guetos que defendem ferozmente sua ideologia, principalmente quando voltada à religião ou à política.

O politicamente correto que poderia transformar as pessoas, fazendo-as pensar e refletir, instigando-as a construir um mundo melhor é o mesmo que pode ferir a liberdade de expressão, amedrontando assim, quem tem muito a dizer.

É a barbaridade articulada por um pequeno grupo com capacidade de atingir milhões, afinal, qualquer ato terrorista, onde quer que aconteça, reflete na globalidade, invade nossas salas e brutalmente nos atinge. Sair de casa amedronta, mas ficar estarrecido no sofá, transforma-nos em parasitas alienados.

E, daqui a pouco, até mesmo o direito de pensar com a própria consciência será retirado de nós. Parece loucura? Não é! É o que vem acontecendo no mundo inteiro, não apenas quando a televisão mostra um ataque que matou doze pessoas em Paris, mas é o que acontece bem próximo a todos nós, na maioria das vezes, sem armas de fogo, mas sim, quando o respeito ao próximo é abalado por gente que não consegue pensar além do cabresto.

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