Um giro por Palmas

E dia desses, não é que fui parar em Palmas, Tocantins? Cidade planejada, considerada uma das capitais mais seguras do país, fundada no ano de 1989, com população aproximada de 200 mil habitantes, seu nome foi escolhido em homenagem a Comarca de São João da Palma e também pela grande quantidade de palmeiras existentes na região. O clima de lá é quente o ano inteiro, na média de 36°C, em setembro, considerado o mês mais quente do ano (o máximo já registrado alcançou 45 °C) e 22 °C, em julho, o mês mais frio. Porém, a época de praia (praias de rios e lagos) é diferente da nossa, ocorre a partir de junho, quando a chuva cessa e a cidade permanece por uns cinco meses em seca. Janeiro é o mês mais chuvoso.

Há nas praias uma estrutura com quiosques dentro da água, restaurantes, chuveiros, mesas e cadeiras, mas nada de sofisticação, tudo bem simples. No rio há uma rede que protege os banhistas de algumas piranhas que às vezes dão o ar da graça, principalmente devido aos restos de comida dos restaurantes que são jogados na água, infelizmente. É, ainda há muito que aprender por lá. Na verdade, parece que você está em outro país. Do sul, para chegar à capital do Tocantins, são várias horas de vôo, várias conexões, afinal, Tocantins está na Região Norte do país. Logo, é fácil observar as diferenças nas pessoas, no sotaque, no relevo, nos hábitos, na cultura, no clima, enfim, inevitável fazer comparações e se deparar com surpresas.

O relevo é caracterizado pelas Serras do Carmo e do Lajeado, não pense que irá visualizar montanhas e vales como os existentes no sul do país, a impressão é de que alguém passou uma tesoura e recortou tudo, bonito de ver. Praia da Graciosa, Parque Cesamar, Praia da Prata, cachoeiras da região de Taquaruçu, Feira do Bosque são algumas das atrações turísticas de Palmas e tudo é longe.

A cidade é muito ampla, as avenidas são largas, as rótulas (chamadas de queijinhos) são imensas. Mas a cidade não é muito limpa. Com tanto espaço territorial, talvez seja difícil manter canteiros floridos, com grama verde, ainda mais nos períodos de seca. Percebe-se bastante lixo nas ruas, ainda falta conscientização ambiental nos moradores de lá. Poucos prédios existem na cidade. Faixas para pedestres são raras. Encontrei pouquíssimas bicicletas nas ruas e ônibus, não vi nenhum durante os quatro dias que fiquei por lá, mas dizem que eles existem. Quatro universidades se encontram sediadas na capital, disponibilizando os mais variados cursos: Medicina, Agronomia, Engenharia Ambiental, Jornalismo, Direito, Moda, Pedagogia, Administração, entre outros. O setor de serviços e o setor agropecuário, tanto de pequenas chácaras como de grandes fazendas, com plantação de soja e criação de gado, movimentam a economia local.

A cidade de Palmas ainda se encontra em obras, algumas de suas belezas naturais estão intactas e ainda há muito chão livre pela frente, tem muito que desenvolver. Necessita planejamento e soluções bem pensadas, porém, para muitas pessoas, ainda é considerada a “capital das oportunidades”. Bem, é preciso ter vontade. O pôr do sol sempre vale a pena. Aventure-se!

por Fabiana Langaro Loos

palmas

Pôr do sol em Palmas por Fabiana Langaro Loos

ps: o texto com fotos de Flávio Chan também esta no Culture-se: http://www.culture-se.com/noticias/622

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